sábado, 31 de março de 2012

Imaginação





Olá a todos,

Imaginação..

Onde podemos chegar com ela?
Onde estaríamos sem ela? Felizes talvez, animais irracionais.

Mas essa merda de imaginação torna a vida muito mais interessante,
Somente o fato de imaginarmos algo bom e voltamos à realidade nos torna tristes por descobrirmos que era irreal, é algo muito interessante.

Como você imaginaria um mundo sem imaginação?
Impossível né? Tanto o ato quanto o fato.
Imaginação está em tudo, o tempo todo.
Mesmo as coisas mais simples que temos certeza que existem, em nossa mente pode ter um significado novo, graças à imaginação. Exemplo: Uma simples parede.
Uma parede é tão simples e tem uma função tão óbvia. Porém pode ter tantos significados.
Significa o medo dos claustrofóbicos, a proteção dos antissociais, a cortina que esconde maravilhas por trás dela dos utópicos, a cortina que nos protege do demônio dos fanáticos e finalmente algo que não merece tanto interesse dos agnósticos.

Tudo que possa existir pode ser modificado pela imaginação, tudo que não possa existir pode ser criado pela imaginação, tudo que ainda vai existir precisa da imaginação para tornar possível a criação.
Tudo o que há de bom, tudo o que há de mau.
Um deus de amor serial killer, um não-deus que atingimos pelo amor, uma grande explosão da qual tudo passa a existir, uma selva de deuses-humanos. Enfim coisas que cometem o bem a curto prazo para aqueles que acreditam, mas extremamente maléficas para a humanidade de modo geral a longo prazo, tudo nascido da imaginação.

Pensamentos que apesar de inicialmente fixos ainda assim sofrem o poder constante da imaginação daqueles que acreditam, podendo dentro de uma mesma ideologia surgir imagens e atitudes extremamente diferentes criadas pelos crentes.
Eis a origem do fanatismo, das matanças, do preconceito, da máquina de dinheiro.
Imaginação sobre imaginação, juros sobre juros. O ciclo do exagero, ciclo da decadência humana.

Os humanos não devem dedicar em grupo suas vidas a uma única coisa, pois os pensamentos deles se somam e é criada uma ideologia monstra, capaz de realizar heresias humanitárias, capaz de destruir famílias, de destratar e maltratar a própria espécie. Imaginação sobre imaginação.

Ah, imaginação, seu pedaço de caos, tão bela e destrutiva, tão construtiva e má.
Será que vivemos para você? Será você nosso deus?
Não, isso no máximo é a minha imaginação sobre o conceito da imaginação.

Mesmo porque Deus surge da imaginação. Deificar a imaginação seria como dizer que Deus foi criado por deus, é ilógico. Imaginação criando a imaginação.

Tudo que sabemos que o que é criado pela imaginação inicialmente não existe, porém temos certeza de que a imaginação existe porque a mesma vive dentro de nós e a utilizamos todo dia.
Já Deus, apesar da maioria das pessoas terem certeza que ele existe e vive dentro delas, não existe certeza geral de COMO ele existe e SE realmente existe.
Um modo simples modo de descobrir isso é perguntando para 100 pessoas diferentes que acreditam em Deus o que elas pensam que é Deus, você terá 100 respostas diferentes. Sim, mesmo em uma mesma religião as pessoas veem a Deus de um modo diferente.
Isso é totalmente lógico, uma vez que a relação humano-deus é exclusivamente mental, conversam por telepatia, por leitura, por orações; o sentimento da presença de deus é uma sensação baseada em emoção, enfim é tudo mental.
Conclusão: Uma vez que, não existem duas mentes iguais, é impossível duas ou mais pessoas adorarem um único deus.

Sendo assim todo deus é criado, todo deus é fruto da imaginação do indivíduo que nele crê. Mesmo esse indivíduo seguindo a ideologia de um livro, ainda assim sua visão sobre deus é diferente das dos demais.
DEUS! Fruto da IMAGINAÇÃO! Sim, a imaginação é superior a deus, pois dela vem sua origem.
Lucas! Seu ateu de merda, você está afirmando que deus não existe? Como você se atreve?

Pra começo de conversa sou agnóstico, pode sim haver um deus que criou tudo, inclusive essa é a teoria mais aceita por mim. O que digo é que O SEU DEUS não existe, é só um amigo imaginário seu. Tanto que eu realmente acredito que crianças que tiveram amigos imaginários na infância tendem a ter um futuro não religioso, elas já utilizaram sua imaginação para criar alguém antes e provavelmente devem usar a imaginação para outras coisas agora.
Mas então, entendem o poder da imaginação agora?
Vocês nem se deem conta, mas a imaginação está agindo em vocês nesse exato momento.

Alguns devem imaginar que eu, o autor do texto sou um herege, que sou o anticristo, outros que sou um gênio e que descobri a origem do caos das guerras santas, por fim aqueles que pensam q sou um idiota escrevendo besteira.

Enquanto isso, a realidade é completamente diferente do que vocês imaginam. Imaginação nos cega e nos faz criar.


Vocês imaginam demais, eu imagino demais. Humanos imaginam demais, não sei se é bom ou mal, mas sei que é demais.

A propósito, a realidade do autor nesse momento é um cara de 23 com cara de mais novo que está deprimido, que está doente e por isso não foi trabalhar nem estudar, que está vestido com uma calça moletom velha e uma camiseta do Iron Maiden.

Já nos meus últimos textos as pessoas imaginavam que eu estava apaixonado e deprimido, enquanto na verdade, nos meus 3 últimos textos eu estava muito feliz e curtindo muito bem a vida de solteiro.
Peço somente que usem a magnitude de suas imaginações para coisas boas, por favor. Se lerem meus textos, prestem atenção nas palavras, não em mim. Se quiserem saber de mim, perguntem a mim, não imaginem meu bem ou meu mal.

Poderosa imaginação a quais somos todos sujeitos, criadora de todas nossas ideologias e guia de nossos conceitos, que por bem seja utilizada pela estúpida mente humana. Amém.

Ciao!  (Texto escrito em 30/03/12 às 22h50)

segunda-feira, 5 de março de 2012

Sofrimento


Olá a todos,

Lá se vai um post escrito na minha insônia dessa madrugada.

No último post eu disse que ia falar do sofrimento, quando eu disse que perco muita felicidade e principalmente o sofrimento que é quase sagrado.

Digo que sinto falta do sofrimento pelo valor que ele pode ter. Obviamente uma vida de sofrimento não é algo muito desejável, mas sofrer intensamente faz bem sim, muito bem.

Sem o sofrimento não existe felicidade, para definir o bom como bom, preciso do mau para ter uma comparação, um contraste.

O sofrimento é um ótimo elemento causador da evolução mental. Usando a dor de modo correto podemos modificar o que está errado em nós para viver melhor futuramente, diferente do bem que esconde todos os nossos problemas.

Devemos sentir o bem, mas não devemos deixar que isso nos cegue, a vida não é tão boa assim, devemos ter plena consciência disso. Um dia o mal vai acontecer e se não tivermos preparados podermos cair em um abismo. Isso é a profunda decepção.
Ex: Seus pais vão morrer.

Quando eu comecei esse blog eu falei que temos várias balanças na vida e temos que procurar o equilíbrio nelas. Tá ai mais uma, sofrimento e felicidade.

Essas são duas drogas que devem ser usadas com moderação, ambas são muito viciantes e ambas são necessárias para viver.

Sim, o sofrimento é tão bom quanto a felicidade a ponto de ser extremamente viciante. O sofrimento nos remete muitas vezes a apreciar melhor as artes e a vida de modo geral. Mas o vício dele é bem preocupante.
As vezes não nos damos conta, mas muitas pessoas a nossa volta são viciadas no sofrimento.
As pessoas se sentem tão vivas sofrendo, é um sentimento tão intenso.. que revivem aquilo que as fizeram sofrer o tempo todo pra ter essa sensação. Problema é que fazer isso demais normalmente vai criar alguma doença psicológica.

Mas Lucas, por que você diz que sente tanta falta do sofrimento?

Bom, devo admitir que percebo um certo vício meu na felicidade. Essa minha habilidade de interpretar meu sentimento e anular ou incentivar ele me faz fugir muito do sofrimento.

Eu queria evoluir mais, sofrer mais e assim remeter a melhores pensamentos, pensamentos mais coesos. Mas quando a dor surge, aproveito um pouquinho o gostinho dela e descarto, não guardo tanto quanto deveria. Preciso de mais coragem pra segurar o sofrimento em mim, já sei o valor do sofrimento, só falta perder o medo de sentir ele.

Não quero cair em nenhum abismo.
Tenho medo de cair no abismo do sofrer e ser um buraco na vida das pessoas a minha volta, me odiar.
Não quero o abismo escuro da felicidade, a cegueira, a ignorância e a superficialidade. (estou mais perto desse ultimamente)

Mas enfim meus caros, coisas ruins vão acontecer na minha vida. Vou me decepcionar, vou sentir a dor.
Torçam por mim, pra que eu aproveite bem esses momentos assim como aproveito os momentos bons, que eu não descarte eles tão facilmente e nem me vicie na sensação que eles podem me trazer.

Até o próximo post.

Ciao!!

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Interpretação X Emoção




Olá a todos,

Hoje tem a boa e velha introdução. A imagem é de Pixote Mushi  http://pixotelc.blogspot.com/2011/03/obras-mundo-pixote.html
Vamos esclarecer bem meu último texto. Não, o Lucas não está apaixonado por ninguém! Não, ele não se sente sozinho. Eu simplesmente criei minha própria definição para solidão, solidão é NÃO AMAR e simplesmente isso que eu quis dizer o texto todo.
Eu sou solitário? De certo modo sim, romanticamente sou solitário porque praticamente não amo ninguém.

Bom, acho que pra explicar essa minha quase imunidade romântica eu acabo entrando em outro assunto, a interpretação contra a sensação.

Eu realmente acredito que quanto mais você entende algo, menos isso te aflige. Por exemplo:
Uma pessoa é deixada por outra, então essa primeira pessoa passa a entrar em desespero e sofre com isso, não tem a mínima idéia de como lidar com a situação, PRECISA da outra pessoa.
Com o tempo, a primeira pessoa descobre que essa dor ter origem interna, era só um sentimento extremo de posse, só um egoísmo comum humano, ao perceber isso, deixa de sofrer e encara o assunto de modo mais natural. A interpretação lógica sobre o assunto inibiu a sensação de dor.

Provavelmente é por isso que em geral os psicopatas parecem extremamente inteligentes, é muito mais fácil interpretar tudo, não sentindo a dor amorosa, não se prendem tanto a algo que não entendem.

Por outro lado, um pessoa com Down que pode ser considerada menos inteligente não perde tanto tempo querendo interpretar tudo. Pode sentir sensações de felicidade, amor e tristeza que jamais uma pessoa comum poderia sentir ou oferecer. Vivem mais. (não em número de anos, vivem mais cada momento)

Eu acabo de mostrar os 2 extremos da balança. Embora olhemos diferentemente para os 2 casos, ninguém deseja a psicopatia ou a síndrome de down para ninguém. Extremismo também não me agrada meus caros. Esses extremos tem defeitos e qualidades bem gritantes, mas eu realmente não desejaria ter que optar por algum deles.

Bom, não sei se estou sendo claro, provavelmente não porque ninguém entende o que eu escrevo. O caso é que eu fico pensando demais nas coisas, não remoo meus sentimentos, apenas tento entender eles, ao entender eles passam a ter um sentindo novo para mim.
Fiquem tranquilos porque não sou um psicopata. Um psicopata não sente. Eu sinto, interpreto e dissolvo.

Me sinto feliz assim, sentimentos voam em todas as direções, poucos me atingem, desses poucos alguns são selecionados. Decido se cultivo ou não um sentimento, se vale a pena ou não. Surge a paixonite, posso transformar em paixão e sendo correspondido posso evoluir para o amor.

Isso passa a ser uma opção minha porque sei exatamente em qual dessas 3 fases estou, simplesmente por observar o comportamento ridículo que tenho em cada uma das fases.

Eliminando minha atração sexual e romântica, eu investi nesse sentimento com um grupo de amigos e amo meus amigos, sabia exatamente que investindo naquele sentimento amigável eu iniciaria um amor quase fraternal dentro de mim. Já com as mulheres tenho mais o pé atrás.

Sim, muitas mulheres me chamam atenção, a paixonite surge frequentemente, as vezes invisto para virar paixão. Mas e o amor? Isso só se eu for realmente correspondido e realmente valer a pena. Sim, isso me torna de certo modo frio, a pessoa que some do nada. Enfim, essa frieza é como ossos do ofício, esse sou eu e assim eu gosto de viver. Sem extremos, não sofro demais, não me alegro demais, não vivo demais. (ao contrário do down, não vivo tão intensamente cada momento)

Minha vida é leve, quem desperta sentimento em mim é ainda mais precioso nessa vida. Com essa vida leve é que vou vivendo mais sem pressa de morrer e sem medo da morte. Sim, interpreto meu medo da morte também, não me aflige tanto. Também interpreto meu desejo de viver e invisto nele porque gosto desse sentimento.

Gosto de aproveitar intensamente o que faço mas ter uma consequência interna leve e sadia.

Pra mim esse é o modo de ser feliz, sem extremos. Sei que perco muita felicidade intensa desse modo, mais do que isso, perco muito sofrimento e o sofrimento é quase que sagrado (falarei sobre isso no próximo post). Mesmo assim gosto muito da minha vida e o do que ela me promete.


Enfim, o assunto é esse, espero que tenham entendido ao menos em partes o que escrevi. Devem entender mais o meu estilo de pensamento. Segue abaixo dicas para me entender melhor no blog:

- Nunca tomo nada como verdade absoluta, isso pra mim nem existe.
- Nunca abro meu coração aqui, se procuram textos mela calcinha/cueca vão ler Caio Fernando Abreu, minhas raras declarações serão apenas para as respectivas pessoas as quais investi meu sentimento.
- Sim, eu não escrevo muito bem, estou trabalhando nisso, tentar escrever de um jeito mais fácil de interpretar.
- Por favor, nunca acreditem de fato em nada do que digo, prefiro que simplesmente pensem sobre meus assuntos, se discordar, melhor! Se me dizer porque discorda, melhor ainda. Se eu responder uma resposta discutindo sua discordância, não estou brigando, só estou querendo crescer junto com você.
- Não tendo verdade absoluta isso quer dizer que eu simplesmente não acredito em nada e tudo que eu falo é "achismo", por isso que não quero que acreditem em mim.
- E o mais importante de tudo, SEMPRE PRESTE ATENÇÃO a estas pequenas palavras: acho; acredito; talvez; as vezes; não; possivelmente; etc... Elas são principalmente uma NÃO-AFIRMAÇÃO.


E assim termina meu post de feriado já com assunto pra próxima semana.

Ciao ragazzi e ragazze!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Solidão.



Olá a todos,

Novamente vou cortar esse papo de que faz tempo que não posto nada. Vamos pro assunto?

O que é solidão? É estar sozinho? É gostar de alguém e não ser correspondido?

É isso mesmo que define alguém solitário?

Desculpe, mas gostar de alguém e não ser correspondido pra mim é simplesmente platonismo, o vício no sofrimento. O sofrer é simplesmente o investimento emocional que se faz em algo que te desagrada, essa adrenalina da dor é viciante e também pode ser boa até certo ponto.
Acontece que podemos simplesmente não ter esse platonismo por preferir a reciprocidade. Tudo isso não tem nada a ver com solidão, afinal, nesse caso está envolvido com alguém de um modo ou de outro, é o oposto a solidão.

Então a solidão é estar sozinho?

Bem, estar sozinho ajuda muito a ter solidão, mas não é o que a define.
É muito comum algumas pessoas viverem sozinhas e não serem solitárias, no caso essas pessoas amam e isso elimina a solidão. De algum modo também estão envolvidas com outras pessoas.

Agora tá bem mais fácil definir solidão né?
Solidão é o não amar, é o não se envolver com as pessoas. Não é um sentimento, é uma situação.

Entendendo melhor o é e o que leva a ter os sentimentos por outra pessoa cria  uma barreira para se envolver com os outros, essa barreira se não for quebrada nos remete a viver solitários. Acontece que essa barreira é boa, é saudável, nos protege do vício do sofrer. (sofrer também é bom, o ruim é o vício)

Acontece que devemos ter capacidade de ultrapassar essa barreira quando nos for conveniente. Não ter ela é perigoso e não pular ela é bem preocupante. Se tivermos a barreira do entendimento sentimental de um modo que não possamos controlá-la, viveríamos quase como psicopatas, totalmente indiferentes as pessoas a nossa volta. Temos que nos arriscar de vez em quando, adrenalina é uma droga boa, desde que seja controlada.

Então assim como não existe o bem e o mal, que é tudo questão de interpretação, a solidão não é ruim, também não é boa. Bom mesmo é manter ela de modo conveniente a nós. Ela não é necessária, pode ser muito bem descartada, como na maioria das vezes é, mas é um recurso bem interessante nessa arte de viver.

Então aproveitem a sua solidão, ou não.

Obrigado por lerem.

Ciao!!