terça-feira, 23 de agosto de 2011

Passado.


Olá a todos!

Como vocês estão? Eu estou muito bem, obrigado.
Vamos atualizar essa budega aqui.

Eu tava lendo o blog e vi que sempre falo nos textos algo como "um dia posto sobre isso".
Bem, o dia é hoje!

No texto "Identidade" eu disse que falaria porque acredito que o passado é a unica coisa que temos.

Começo dizendo que o passado é mais do que a única coisa que temos, é tudo o que somos.
O ruim é que a maioria das pessoas desvaloriza muito o passado com frases "Isso é coisa do passado, fica no passado". Bem, o presente e o futuro armazenam o quê?

O futuro não existe e nem nunca existiu, é sempre imaginado, pode até ser planejado como deve ser, mas continua sendo imaginado e muito incerto. Aliás, nós humanos temos uma mania chata de adorar o que imaginamos. Amamos e sonhamos acordados com o futuro. O futuro é uma crença inevitável, assim sendo devemos ter ela, mas não a ponto de nos tornar fanáticos e estragar nossa vida em uma eterna esperança não correspondida.

Já o presente existe e não existe, estamos nele e quando pensamos nele ele já virou passado. O tempo do presente é como aquela minha fração de 1 dividido por infinito, até existe, mas é infinitamente minusculo esse tempo. Eu diria que o presente é nossa noção de vida, é nele que vivemos e agimos. Estou vivo? Então existe o presente.

Já o passado sim é infinito, mais infinito que o futuro, nem sabemos se o futuro acaba ou não. Todo o presente virou passado e o presente está sempre agindo incansavelmente. Todo futuro quando virar presente logo em seguida se tornará o passado.
Tudo o que não é passado virá a ser passado. É essa a frase de hoje do meu blog, sem contar que o que não é passado não pode ser mensurado porque nem existe direito.

Pow Lucas! Viajou na maionese de novo!

Calma, já eu chego lá.

Toda essa piração minha é para falar do que mais importa para nós. Nós mesmos que somos a coisa mais importante para nós. O que somos nós? O passado!

O que você pensa? O que você faz? No que acredita? O que te afeta? Qual a sua personalidade? Do que você gosta?

As coisas que nos formam, basicamente são baseadas em nosso código genético, como somos criados e em como decidimos reagir ao mundo afora. Acontece que a fecundação, aconteceu no passado e todo o resto foram decisões tomadas no passado, tanto sua como de outras pessoas.

Se você tem medo de trovão, pode ser que no seu passado você tenha tido um trauma ou já nasceu com essa predisposição a medo de trovão, seja como for, são atos do passado.

Mas mesmo assim, tudo isso só explica como somos e reagimos hoje. O que somos no geral? Em todos os tempos? Quem é Lucas Lemes por exemplo?

Eu, assim como todo mundo, sou as minhas memórias. Se tirar a memória do meu cérebro e implantar em outro cérebro, eu passarei a ser aquela pessoa. (talvez com hormônios diferentes, mas ainda seria eu)

Nem preciso dizer o são as memórias né? Tá ficando chato isso, tudo é o passado, pronto!

Ok, voltando ao mundo real não podemos agir no passado, só agimos no presente e se não pensarmos no futuro não planejamos nada de interessante na vida. Por isso que eu digo que o futuro é uma crença necessária e por sorte inevitável.

O meu objetivo aqui é simplesmente dividir com vocês meu modo de encarar o passado, o presente e o futuro. Não vivo desprendidamente o presente, não vivo lunáticamente o futuro, eu vivo criando meu passado.

Eu vivo pensando no passado que vou deixar, o que será definido de mim e o que eu definirei a minha volta. Meu presente é o criador do meu passado e eu que controlo o presente, no presente eu planejo um futuro que irá criar um bom passado meu.

Viver bem é olhar pra trás e sorrir! Não precisa olhar muito para trás procurando algo negativo, pode olhar pertinho mesmo, se você é uma pessoa que está agindo bem pode olhar para um passado próximo e sentir orgulho. Observe-se.

Bem, espero que tenham entendido e gostado.

Ciao!!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Platonismo e Reciprocidade


Olá a todos,

Sim, eu sei que a frequência em que atualizo aqui diminuiu bastante, mas quem gosta de me ler pode ficar tranquilizado, eu não abandonei nem abandonarei o blog. Acho que simplesmente não estou em uma fase muito introspectiva pra ter inspiração a escrever, mas os dedos ainda coçam algumas vezes pra escrever e é o que aconteceu hoje.

E o assunto de hoje eu já disse no meu twitter que escreveria, platonismo. Não falo sobre a filosofia de Platão, mesmo porque estou bem longe de saber dignamente dela, falo sobre os sentimentos platônicos mesmo.

Se você, leitor, espera um post "fru-fru" aqui obviamente não sabe nada sobre mim, mas se está acostumado comigo já  imagina que não vou falar exclusivamente de amor platônico e sim sobre todos os sentimentos não correspondidos. Sempre abstraia, sempre!

Aproveitando que estou dando dicas sobre como encarar o que escrevo, vocês sabem que gosto de criar algumas "balanças" e tento chegar a um ponto de equilíbrio em vários assuntos. Bem, o contrapeso do platonismo é minha amada reciprocidade, é dela que começo falando. O que não é platônico tende a ser recíproco.

A reciprocidade é a forma mais básica de tentarmos implantar nossa justiça pessoal, (ao menos é assim que funciona comigo) tentamos devolver o mesmo sentimento absorvido de outra pessoa. Natural ao ter simpatia/antipatia por alguém querer a simpatia/antipatia da pessoa de volta, caso não consiga, provavelmente a sua simpatia inicial acaba se dissolvendo.
Do outro lado acontece o mesmo, alguém que recebe o bem/mal de outra pessoa, tende a devolver o mesmo. São dois casos de reciprocidade justa.

Olhando por esse lado mais superficial parece bem simples a questão né? Bem, o problema é que já crescemos(e emburrecemos) e todos nós já sabemos que não é tão simples assim.

E quando não sabemos interpretar o sentimento vindo de outra pessoa? E se mesmo conhecendo o sentimento vindo de outro ainda assim nos recusamos a devolver do mesmo modo? Tem como devolver do mesmo modo? E quando o outro não devolve do jeito que queremos?

Bem, quando a pessoa não devolve do mesmo modo até que é simples. Surgem duas opções: Reciprocidade (parar de investir no sentimento) e platonismo (criar um amigo imaginário espelhado na pessoa e investir no sentimento). Não sei se preciso explicar essas duas opções, acredito que todos entenderam, se não entenderam é legal pensar sobre.

O que mais nos faz escolher a opção do platonismo é não conseguir entender o outro lado da moeda. "porque a pessoa não me ama/odeia de volta?"

Já parou pra pensar quantas pessoas te amaram/odiaram sem você devolver? Vamos nos sentir na pele da pessoa não recíproca a você (ela dá raiva mesmo, é complicado não ter a opção de controlar ela)

Agora que estamos no segundo plano, recebendo um sentimento, decidimos não devolver. Por que? Simples, não temos a obrigação de devolver. Isso nos faz ter opções e escolhemos a de não devolver. Tendo noção de que a escolha é realmente nossa, escolhemos devolver(ou não) a simpatia/antipatia do modo que for sem peso nenhum na consciência. É a nossa liberdade emocional que estamos aproveitando. Já a pessoa que gerou o sentimento não-correspondido não conseguiu se tornar importante o suficiente, ela não nos atingiu.

O grande problema da não-reciprocidade é esse, a indiferença. O gerador do sentimento se sente péssimo em não ser correspondido, porque consciente ou inconscientemente a pessoa sabe que não pôde atingir você. Assim descobrimos a talvez mais poderosa arma sentimental, a indiferença.

E agora vamos finalmente ir para a parte mais interessante: E quando não entendemos o sentimento da outra pessoa?
Vocês sabem quando isso acontece? SEMPRE!!

Nós nunca sabemos entender direito o outro, isso fica bem claro graças a algo bem simples. Todos são diferentes, logo, sentem diferentemente, logo, demonstram diferentemente. Se não conseguimos entender nem o que nós mesmos demonstramos, como entender o que o outro demonstra? Não tem como. A reciprocidade aqui vira uma ilusão.

Mas Lucas, existem casais que se amam, eles sabem que se amam, sentem que se amam, realmente se amam.

Sim, embora eu discorde da parte de ter certeza absoluta que a outra pessoa ama(mas é melhor não pensar muito nisso senão você pira), acredito na intensão das pessoas.
Reciprocidade é isso, quando ambos tem a mesma intensão. "ele/ela não me ama/odeia do jeito que imagino, mas tem a mesma vontade de me amar/odiar que eu tenho por ele/ela".

Destruímos o platonismo então? Claro que não.
Nem platonismo e nem reciprocidade são bons ou maus. Talvez nem tenham ponto de equilíbrio na minha "balança" (se tem, eu claramente estou fora dele)

O platonismo bom é aquele que sabemos que é e sempre será platônico. Exemplo:

Lucas odeia George Bush, o ex-presidente não odeia Lucas de volta. Porém, tudo está bem, Lucas sabe que não é odiado de volta, porém, também sabe que nunca poderá exercer o ódio, se tivesse esperança real de exercer, talvez ficasse louco. (só um exemplo, eu não odeio o cara, só acho ele escroto)

O platonismo é bom para treinar o "sentir", o segredo é não alimentar a esperança. Sentindo nos tornamos mais vivos e quebramos a frieza.
Todo sentimento vem com uma dose de platonismo misturada, tem sempre uma interpretação errada e uma projeção inventada da sua mente anexada ao seu conceito de qualquer pessoa.
Digamos que o platonismo é um remédio viciante, se não tivermos o auto-controle usamos demais e isso vira tóxico.
O grande problema desse remédio é que ele é fácil de conseguir, é só olhar demais pra fora e não olhar pra dentro ou olhar apenas para um ponto fixo, sem ter noção de outros milhões de pontos em volta.

Então, aproveitem com moderação.
Valorize a reciprocidade, mas não a ponto de se tornar de pedra.
Sinta o platonismo, mas não a ponto de se tornar idiota.

Ciao!! =)

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Orgulho Hetero



Olá a todos,

Desculpem minha sumida, eu tinha umas coisas pra postar aqui e quando eu abria o blog e começava a escrever a preguiça me dominava e eu voltava a coisas mais inúteis. Também tem assuntos que estrategicamente não quero escrever agora, ao invés disso, vamos a algo atual.

Parece que vai acontecer o "Dia do Orgulho Hétero" em SP e isso tá sendo super comentado no twitter e nos principais jornais online. Novamente o assunto do dia vai a pedido da minha sobrinha Bruna (via Facebook).

A maior polêmica do tal orgulho hétero é que o assunto está sendo considerado preconceituoso, como se fosse algo feito exclusivamente para atacar os homosexuais. Isso faz muito sentido visto que o vereador que projetou a lei para a comemoração é evangélico. (Carlos Apolinário do DEM)

Alguns falam que se existe o Dia do Orgulho Gay devia ter o Dia do Orgulho Hétero, um sem discriminar o outro. Outros falam que isso é um dia de comemoração dos homofóbicos.

Pra mim são ambas opiniões bem superficiais. A tal polêmica sobre o dia hétero é simplesmente uma mistura de como cada um encarou o impacto. Quem é homofóbico comemora assiduamente e quem é super protetor ou é gay fica abismado com a notícia. Nos dois casos existe preconceito e pré-conceito.

Quem realmente não é nem preconceituoso e nem pré-conceituoso nem recebe um grande impacto do assunto, o gay ou hétero que lê a notícia nem liga pra ela. Eu por exemplo tenho orgulho de ser hétero, mas dificilmente vocês vão me ver em uma parada dessa, mesmo porque multidão na rua me irrita. (se bem que se a festa for boa, quem sabe)

Todo o assunto gira em torno do tão polêmico preconceito. Acontece que preconceito é que nem merda, se mexer fede, tanto o causador quanto quem cutuca ele. Para lutar contra o preconceito não adianta atacar ele de peito aberto, causar polêmica sempre vai fortalecer o assunto; é mais ou menos como atacar o machismo com feminismo, você desce ao mesmo nível e dá razão ao seu inimigo.

A única conclusão que chego é que esses "justiceiros" anti-preconceito são tão infratores quanto aqueles quem eles criticam. Protegendo a minoria se ataca a maioria. A frase "gay também é gente" nas entrelinhas diz que hétero não é tão humano assim. Isso tudo também é preconceito.

Não havendo preconceito algum, não fariam dia do orgulho nenhum OU teria dia do orgulho de todo tipo de coisa sem problema nenhum, nem teriam cotas, nem leis de proteção a nenhum sexo, tudo seria encarado com igualdade como deve ser.

Se criarem o tal "Dia Internacional da Consciência Branca", não faz diferença para mim, nem o "Dia Internacional do Homem". Mas imagine se criam isso por ai? Vai ser mais lenha na fogueira da briga dos "preconceituosos da minoria" contra os "preconceituosos da maioria".

Todos devem lembrar que o primeiro grande império(Egito) era negro e escravizava os brancos, que na Grécia Antiga os homosexuais e bisexuais eram a maioria e havia um certo preconceito com os heterosexuais. A maioria oprime a minoria, sempre foi assim e sempre vai ser. Se a maioria fosse homosexual seria normal quebrarem lampadas fluorecentes na cabeça de héteros.

Se você entra em qualquer uma dessas polêmicas, VOCÊ É PRECONCEITUOSO!

Quer acabar com isso? Acabe com isso dentro de você e seja indiferente com qualquer comentário pró ou anti racial, semita, opção sexual, etc,... Não de corda para isso e abafe o caso, no máximo faça os preconceituosos sentirem vergonha de si mesmos.

Todos deviam procurar a palavra igualdade no dicionário. Obviamente não está escrito que igualdade é pior ou melhor. Então por que tratar como melhor ou pior em nome da igualdade? Seja esse trato com quem for.

Fica a pergunta e espero que tenham gostado desse post. Obrigado por lerem.

Ciao! =)